Tá certo que ele é vitorioso e tem no currículo dezenas de títulos. José Mourinho já faturou Champions League, Liga Europa e conquistas nacionais em Portugal, Espanha, Inglaterra e Itália. Mas nada disso justifica a figura antipática que se tornou. Ele se transformou nos últimos tempos no técnico mais arrogante do planeta.
O seu mau humor ficou mais evidente neste momento de dificuldade no Manchester United, com resultados abaixo do esperado. As entrevistas coletivas se transformaram em uma batalha. Em mais de uma oportunidade, ele abandonou a sala de conferências irritado com os questionamentos. Em uma das situações, falou o seguinte para os jornalistas: "Ganhei mais campeonatos sozinho do que os outros 19 treinadores juntos. Três pra mim e duas para eles". Mourinho se referia aos títulos que conquistou na Premier League.
Aliás, abandonar as coletivas é algo comum na sua trajetória. No Real Madrid, já tinha acontecido. Foi lá também que ele se envolveu em outra polêmica, ao colocar o dedo no olho de um auxiliar de Guardiola, então no Barcelona, em uma época de intensa rivalidade. Também comprou briga com o goleiro Casillas, ídolo do clube.
Na Inglaterra, bateu de frente com a médica do Chelsea. Agora no United, também já teve problemas com atletas. Este é Mourinho, que coleciona títulos e inimigos. E com um ego gigantesco.