Já começou com fake news. Em agosto de 1542, ao chegar numa ilhota no Caribe, após uma viagem épica de mais de 7 mil quilômetros por aquele que logo se revelaria o maior rio do planeta, o frei dominicano Gaspar de Carvajal empunhou a pena e, apesar do olho vazado por uma flechada, redigiu o relato da inacreditável jornada fluvial que fizera sob o comando de Francisco de Orellana, desde os Andes até o Oceano Atlântico. O ponto alto da narrativa era a descrição do combate feroz que os espanhóis teriam travado contra “mulheres mui alvas e altas, com longos cabelos trançados, robustas e nuas em pelo, armadas com arcos e flechas, fazendo tanta guerra como 10 índios homens”. Por causa delas, Carvajal batizou o imenso curso d´água com o nome que carrega até hoje: rio das Amazonas.
Amazônia
Opinião
Amazonas: entre fake news e a verdade
Que naba são as fake news sobre a tal Ratanaba, a cidade que rouba a Amazônica real
Eduardo Bueno