Faz já uns 20 anos, ganhei o Prêmio Guri, concedido a “gaúchos que levam mais longe o nome do Rio Grande”. Foi durante a Expointer, por volta do ano 2000. Na ida até Esteio, bati de carro. Não cheguei lá no melhor dos humores, devo confessar. Mas fui sincero quando, ao subir ao palco, falei: “Não tenho vergonha de ser gaúcho, e não acho que ninguém precise ter. Mas entre não ter vergonha e ter toooodo esse orgulho, vai uma certa distância...”. Houve um silêncio inquieto e então soaram as vaias, os apupos, os assovios. Mas eu não estava sendo irônico nem desrespeitoso, apenas fiel à minha própria vivência.
Hora de rever conceitos
Ninguém precisa ter vergonha de ser gaúcho. Mas é o caso de ter todo esse orgulho?
Se bem que depois do desempenho de nossos políticos na CPI da Covid, já estou com vergonha alheia
Eduardo Bueno