A música derrubou as muralhas de Jericó. A música captou o som das estrelas e das esferas nas sinfonias de Beethoven e sonorizou a ascensão da humanidade do caos aos cosmos, com Strauss na abertura de 2001. A música definiu a alma do Brasil, desde o lundu e do samba até a fossa e a bossa que embalou o mundo no balanço da garota de Ipanema. A música – feroz como rock, ancestral feito o blues, profunda igual ao soul, rural qual o country – fundiu-se no delta do Mississippi, ganhou vida na eletricidade de Chicago e, como na parábola bíblica, pôs abaixo o muro da vergonha, as paredes da caretice, o tapume do conformismo.
Fazedor de sonhos
Passados 40 anos de um amor interrompido, Pedro Sirotsky volta ao mundo da música
Estreia hoje no Now "Mr. Dreamer", um docudrama que procura escutar a trilha sonora do planeta – mesmo em meio à pandemia
Eduardo Bueno