É uma palavra sonora, enigmática, onomatopeica. Palavra retumbante e ancestral: butantã. Quer dizer “terra muito dura”. Alguns filólogos acham até que a tradução mais ajustada seria “terra dura, dura”, para ecoar a repetição deliberada no étimo original: bu-tan-tan; um superlativo pela repetição do adjetivo. É nome tupi – como tantos que ecoam por São Paulo: Anhembi, Ibirapuera, Anhangabaú. Foram os jesuítas, responsáveis pela “conquista espiritual” dos tupiniquins do planalto, que os deixaram registrados e consolidaram seu uso. Após se assenhorarem das palavras e das almas dos nativos, os milicianos de Inácio de Loyola tomaram-lhes também as terras e criaram, às margens do rio dos Pinheiros, a fazenda Butantã.
Vacina
O Butantã enfrenta o ninho de cobras que o envenena
Com 120 anos de bons serviços à saúde do Brasil, o instituto já curou muitas doenças nesse país. Está prestes a fazê-lo de novo
Eduardo Bueno