Desde os 10 ou 12 anos de idade, nutro genuína obsessão pelo homem (e, é claro, pela mulher) de Neandertal. Tudo começou com um livro infantojuvenil em cuja capa um belo espécime da dita raça exibia todo seu vigor primitivo – ou, vá lá, seu charme ancestral, pois agora a gente deve medir bem as palavras. Por causa dessa leitura inicial, acabei comprando meu primeiro livro com dinheiro próprio: era o clássico (como descobriria depois) A Pré-História, de Grahame Clark. Custou-me nove cruzeiros (Cr$ 9,00), na Globo da Rua da Praia. Tenho o livro até hoje (com o preço inscrito na última página).
Chamado
Uma manifestação pró-dinheiro vivo
Quem usa dinheiro morto é homem de Neandertal
Eduardo Bueno