Dentre as várias cenas deslumbrantes indiretamente produzidas pelo velho novo vírus – todas na mesma linha –, nenhuma me pareceu mais hipnótica do que a que veio do Japão: cervos repousando sob as cerejeiras. Soa como haikai de Basho: Certos cervos nas cerejeiras/ sentam-se serenos sob as sakuras. Parece imagem de Kurosawa, o maior dos cineastas japas, ou uma pincelada de Hokusai, o cara que pintou A Grande Onda (a pintura mais reproduzida do mundo) e retratou também as cerejeiras em flor.
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