Sim, essa é mais uma crônica anacrônica, como outras que a antecederam. Mas vá que assim ela se ponha em consonância com o país retrógrado e atrasado que sonha em decifrar. Bom, fato é que já se passaram três meses desde que voltei de Paris, onde, por puro acaso, chegamos no dia 14 de julho, encontrando a mais linda capital do mundo em êxtase a festejar os 230 anos da Revolução Francesa. Assim, lá estava eu, no Campo de Marte, contemplando, boquiaberto, o esqueleto da Torre Eiffel à medida em que ele ia se transformando num vulcão de hastes metálicas a expelir fogos multicores; uma cascata de cintilações que, antes de sumir, riscava os céus com seus estampidos e fulgores.
A verdadeira revolução
O Século das Luzes e a Era das Trevas
Um turbilhão de dor e morte que, ainda assim, abriu caminho para um mundo mais justo
Eduardo Bueno