
Apesar de toda polêmica de arbitragem depois da vitória por 2 a 1 do Grêmio contra o Caxias, o VAR não pode ser criticado pelas duas interferências que teve no jogo válido pela semifinal do Gauchão. A árbitro de vídeo Adriano Milczvski, do Paraná, fez o que deveria fazer. Cumpriu o protocolo tanto no gol anulado quanto no lance que resultou na marcação do pênalti para o Tricolor.
Embora reconheça o acerto do VAR na condução das interferências e respeite a interpretação do árbitro Vinicius Amaral, tenho uma visão diferente sobre a penalidade marcada sobre Ferreira. Eu não marcaria a infração porque considero o contato de Matheuzinho com o atacante gremista como uma consequência acidental de uma disputa de jogo.
Não vejo o jogador do Caxias fazendo uma ação com o objetivo de impedir Ferreira de jogar. Os dois atletas estão correndo para disputar a jogada e ambos estão olhando para a bola.
Além disso, não considero que a intensidade do contato seja suficiente para justificar o pênalti. Além disso, mesmo que tenha ocorrido a pisada no pé, o atacante gremista não foi impedido de saltar por conta disso. Por todos esses motivos, minha decisão seria diferente da tomada pelo árbitro Vinicius Amaral.
Por outro lado, não há o que discutir sobre o outro lance de interferência do VAR. O gol marcado por Tontini foi bem anulado com a ajuda do VAR. Isso porque a bola na mão de Giovane Gomez na origem da jogada. Esse tipo de lance não tem interpretação, pois trata-se de um toque que resulta em imediata situação de gol. O árbitro nem precisa ir ao monitor à beira do gramado.
Por fim, vale ressaltar que o jogo foi muito pegado. Houve momentos de tensão, especialmente no primeiro tempo. Entretanto, a arbitragem fez bom trabalho no controle disciplinar no Centenário.