
O uso do VAR fez falta na goleada por 4 a 0 do Grêmio contra o Pelotas. Isso porque houve um erro importante da arbitragem no duelo deste domingo (28), na Arena, pela sétima rodada do Gauchão.
Houve um pênalti para a equipe do interior quando a partida estava com o placar fechado. O lance parecia despretensioso. O zagueiro Heitor tinha tudo para controlar a bola e sair com ela dominada, mas Marcelo acabou tomando a frente e foi atingido.
O árbitro Eleno Todeschini marcou a falta fora da área, mas a imagem mostra que a infração do defensor gremista sobre o adversário ocorreu dentro. A decisão correta seria a marcação do pênalti.
É interessante analisar esse lance sob três aspectos. O primeiro deles é que, mesmo bem colocado, o juiz pareceu não acreditar que o lance poderia resultar em uma situação capital. A jogada inesperada fez com que ele demorasse um pouco para ativar a concentração e quando se deu conta a falta fora da área já estava sinalizada.
O segundo aspecto é que esse não é um lance fácil na velocidade do campo e por ocorrer praticamente no limite da grande área. Até porque o jogador do Pelotas está correndo para fora dela. Quando a infração ocorre o contato é muito rápido.
O terceiro aspecto é o mais importante. É nesse tipo de infração que fica evidente a importância do VAR, pois é o típico lance que seria resolvido em poucos segundos. O árbitro de vídeo olharia a imagem, passaria a informação factual para o juiz principal e a decisão final faria justiça ao que ocorreu no campo. Como o VAR não está à disposição no Gauchão, o lance entra na conta dos erros.
Por outro lado, considero importante enaltecer um acerto da arbitragem em um lance muito difícil. O primeiro gol do Grêmio na partida, marcado por Ricardinho, ocorre em uma situação bastante ajustada. Esse pode ser considerado um lance de VAR, mas que ter teve acerto no campo do assistente Fagner Cortes. Por detalhe, o pé do defensor dava condição para o centroavante. Vale lembrar que o braço não é considerado para lances de impedimento.
Se houve um lance em que o arbitro de vídeo fez falta para salvar o juiz principal também houve outro em que a arbitragem teve um acerto com nível de VAR.