Antes da escolha da arbitragem para a decisão da Copa do Brasil, disse na Rádio Gaúcha que o melhor nome para apitar a partida seria Bruno Arleu de Araújo. Dito e feito. A CBF escalou justamente o árbitro carioca para a segunda partida entre Grêmio e Palmeiras. Por mais que possa estar parecendo, não estou escrevendo essa coluna para comemorar esse fato ou simplesmente para dizer que eu avisei. Longe disso.
O motivo é outro. Apenas quero dizer que gosto quando a informação e a opinião convergem. Quem observa o desempenho da arbitragem consegue notar quais foram os árbitros que conseguiram se destacar em um contexto de tantas polêmicas e muita pressão.
Inegavelmente Bruno Arleu de Araújo foi um deles. Sem fazer alarde, sem ser espalhafatoso e sem inventar moda, ele entrou em campo em momentos importantes e conseguiu ter grandes atuações.
Arleu era o árbitro do jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil entre São Paulo e Grêmio no Morumbi. Colocou o jogo no bolso. O zero a zero foi legitimado por uma atuação segura tanto no aspecto técnico quanto disciplinar.
O mesmo aconteceu no empate em 1 a 1 entre Palmeiras e Grêmio agora em janeiro pelo Brasileirão. O juiz fez o difícil parecer simples no gramado do Allianz Parque.
Escalar Bruno Arleu de Araújo nesta final era questão de justiça. Sempre achei que ele poderia ser colocado, mas nunca tive a informação de que efetivamente isso ocorreria. É esse o ponto central do que quero dizer.
É tipo quando um jogador está destruindo nos jogos. Faz grandes partidas, jogadas importantes e tem participação decisiva. Mesmo sem a informação sobre a escalação, todos olham para o campo e dizem que esse cara precisa que ser titular. Qualquer coisa diferente disso, o técnico será acusado de inventor.
Essa é a analogia que faço para a arbitragem no momento. E foi isso que pensei quando foi confirmada a informação de que Bruno Arleu de Araújo seria o árbitro de Palmeiras x Grêmio. Tive a certeza de que o técnico que escala a arbitragem está vendo o jogo da mesma forma que eu.
