
Acertar é sempre o mais importante para qualquer árbitro de futebol. Não importa como. Todo juiz entra em campo pressionado para tomar sempre as melhores decisões possíveis nas partidas.
Isso se torna ainda mais determinante quando o árbitro é praticamente um estreante, caso de Francisco Soares Dias na derrota por 2 a 1 do Inter contra o São Luiz, nessa segunda-feira (8), pela terceira rodada do Gauchão. A partida no Beira-Rio foi apenas a segunda da carreira do juiz de 34 anos na competição estadual.
E o mais importante aconteceu. A arbitragem acertou nas decisões capitais, e o resultado foi legítimo. Esse fato sempre é decisivo para qualquer avaliação.
O principal acerto foi a expulsão do zagueiro Jadson, que cometeu falta em Vinicius Mello impedindo chance clara e imediata de gol.
Houve certa demora na aplicação do vermelho, o que pode ter ocorrido por conta da proximidade do local infração com a linha da grande área ou por uma incerteza sobre a identificação do jogador que deveria ser expulso. A decisão foi tomada corretamente após a conversa do juiz com o assistente Leirson Martins.
É claro que a definição mais rápida seria preventiva no sentido de evitar o bolo de jogadores, mas ainda acho melhor acertar com calma do que errar com pressa. De qualquer forma, isso também é algo absolutamente normal dentro da experiência que ainda precisa ser adquirida por Francisco Dias.
Por fim, precisamos ressaltar uma mudança clara de filosofia da Federação Gaúcha de Futebol nas escalas de arbitragem. Ao colocar Francisco Dias quase de cara em um jogo envolvendo a uma equipe da dupla Gre-Nal, a entidade abre caminho para uma evolução muito mais rápida. Não há como ser contra essa medida.
Há momentos em que é necessário correr alguns riscos para buscar a renovação sem perder tempo. Havia vários motivos favorecendo isso. A competição em fase inicial, jogo sem torcida, o time do Inter praticamente só de garotos e sem o comando do técnico principal.
Até porque um juiz não pode levar quatro anos de Gauchão para apitar um jogo de Grêmio ou Inter. Desta forma, o resultado será um quadro de árbitros muito envelhecido e amadurecendo tarde demais. Essa é a oportunidade para fazer diferente.