
O Pelotas reclamou de um pênalti não marcado no primeiro tempo do empate em 2 a 2 contra o Inter na partida desta quinta-feira (4), na Boca do Lobo, pela segunda rodada do Gauchão. Embora não veja muita polêmica no lance, reconheço que dificilmente uma situação de mão na bola ou bola na mão possa ser considerada totalmente simples.
Ao mesmo tempo, sempre que há lances dessa natureza, alguns elementos ajudam a nortear o raciocínio e a interpretação. E o lance reclamado pelo Pelotas tem um detalhe que precisa ser levado em consideração e esclarece o acerto da arbitragem.
Falo da mudança significativa de trajetória da bola antes de bater no braço do jogador do Inter. Não estamos falando de um lance em que a bola é bloqueada diretamente com o braço aberto. Ou de uma situação de volume ampliado em que um desvio leve acaba gerando uma vantagem ilegal.
A jogada ocorrida aos 34 minutos do primeiro tempo passou longe disso.
João Félix bloqueou o chute de Bustamante com um carrinho. A bola mudou completamente de trajetória ao bater na perna do jogador colorado, e somente no retorno raspou no braço que estava no lado oposto à meta. Foi o legítimo bate e rebate. Não havia como arrancar o braço na jogada.
A boa colocação de Lucas Horn foi fundamental para o acerto na jogada.