
Renato reclamou da atuação da arbitragem e voltou a questionar o uso do VAR depois da derrota por 1 a 0 do Grêmio contra o Palmeiras na primeira partida da final da Copa do Brasil. Começou fazendo elogios a Marcelo de Lima Henrique e disse que não criticaria o árbitro, mas terminou criticando.
Além do pênalti inexistente reclamado pelo trinador gremista, o gol do Palmeiras também gerou protesto. Renato alegou que houve toque de mão de Raphael Veiga no lance que originou o escanteio.
A imagem disponível não mostra o toque do meia palmeirense. Só que esse não foi o erro de Renato. O equívoco do treinador foi ao falar da regra de mão na bola.
Renato disse que sempre que há infração quando a bola pega na mão de um atacante em situação ofensiva. Só que a regra não diz isso. O texto fala que "se o atacante acidentalmente tocar a bola com a mão, ele só será penalizado se a jogada terminar "imediatamente" em gol ou em oportunidade clara e imediata de gol a favor do atacante ou de sua equipe".
Ou seja, se houver um toque acidental de um atacante em uma zona morta do campo, a interpretação da arbitragem deve ser a mesma para qualquer outro lance semelhante. Mais do que isso, se a bola bater no braço acidentalmente e sair pela linha lateral ou pela linha de fundo, segue o jogo.
Volto a dizer que a imagem da transmissão não prova sequer o toque protestado por Renato. Caso fosse possível perceber esse toque, ele só seria considerado uma infração se não fosse um lance acidental por não se tratar de uma situação de gol imediato, pois o lance gerou um escanteio.
Essa confusão feita por Renato sobre a regra é bastante comum. Inclusive na última alteração do texto feita pela IFAB (órgão que regulamenta as regras do futebol) houve um esclarecimento sobre esse ponto justamente para determinar quando um toque de atacante deve ser interpretado como irregular em qualquer circunstância.
Então, fica o alerta. Mão de atacante só será infração indiscutível quando gerar um gol imediato ou tiver como consequência uma jogada clara de gol.