
A vitória por 1 a 0 do Inter contra o Goiás, neste domingo (10), no Beira-Rio, pela 29ª rodada do Brasileirão, teve um lance que serve para ilustrar o quanto a regra do impedimento é complexa.
Falo do gol anulado da equipe goiana no final do primeiro tempo. Em tempos de VAR, a jogada pode até parecer simples, mas cabe ressaltar que o recurso eletrônico serviu apelas para sacramentar a decisão tomada no campo de forma precisa pelo assistente Danilo Ricardo Simon Manis.
O grande detalhe do lance do gol anulado de Rafael Moura é que há a inversão de posicionamento Marcelo Lomba. No momento em que precisa se adiantar para fazer a defesa, o goleiro do Inter deixa de ser o último defensor e passa a ser o penúltimo. Dessa forma, ele vira a referência para a verificação da posição legal ou não de Moura.
Como o atacante estava mais adiantado em relação à posição do goleiro no momento do chute de Fernandão, o gol foi bem anulado pela arbitragem.
A regra 11 fala que um jogador está em posição de impedimento quando estiver adiantado em relação à bola e ao penúltimo adversário. Isso quer dizer que para estar em posição legal são necessários dois atletas da outra equipe para ativar a jogada ofensiva.
Por motivos óbvios de posicionamento, o goleiro é o último defensor em 95% dos lances e o penúltimo é um jogador de linha. E aí é que está a pegadinha no lance do gol anulado da equipe goiana.
Esse foi o principal lance de um jogo muito bem apitado pela árbitra Edina Alves Batista. Mais uma atuação segura da árbitra que representará o Brasil de forma histórica no próximo Mundial de Clubes da Fifa, no Catar.