O repórter Fábio Schaffner, que nasceu em Bagé, passou boa parte da infância e da juventude transitando pela BR-293, rodovia que leva ao município de Candiota. A imagem de uma imensa torre precipitando-se no horizonte sempre o intrigou. A chaminé da usina termelétrica de Candiota fumegando representava a energia que iluminava as casas, mas também a poluição que espalhava cinzas tóxicas pela região. No mês passado, o repórter foi alertado para uma situação que a cidade vive. Disposta a neutralizar suas emissões de carbono, a Eletrobras colocou à venda a única termelétrica a carvão no portfólio da empresa. A notícia trouxe inquietação aos 10,7 mil moradores, já que a cadeia energética é o motor da economia local, responsável pela metade dos empregos formais e por 40% da arrecadação da prefeitura.
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Dione Kuhn
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