Será que ausência de Renato, com o aval da direção, no primeiro dia de trabalho na semana do Gre-Nal 443, tem a força do substantivo? Somos a única rivalidade no mundo que numera clássico. O país estranha, mas gosta. É como se cada Gre-Nal já saísse catalogado, direto para a história. Quando algo ainda mais expressivo acontece, esse número vira substantivo: Gre-Nal do Século, Gre-Nal do Gol Mil, Gre-Nal do 5 a 2, Gre-Nal do 5 a 0. Em tese, o de sábado (19) é o Gre-Nal do Roger.
Os motivos são óbvios. Roger Machado está na história do Grêmio como jogador e treinador (era ele na casamata do 5 a 0, de 2015), e agora encara o ex-clube pela primeira vez todo vermelho.
Irei mais fundo na questão. Penso nessa decisão ousada de Renato, desafiando o senso geral da própria torcida gremista ao abrir mão de 24 horas longe de seus jogadores, observando-os, conversando com eles, dialogando com integrantes da comissão, sentindo e vendo com os próprios olhos quem está mais engajado mesmo na mera atividade física. Será que esse combo não o torna mais substantivo no Gre-Nal do que Roger?
A primeira vez
Para não ficar no muro: por mais polêmica que seja a ausência de Renato, ela no máximo empata com a alcunha para Roger. Não é todo dia que um grande personagem de um lado enfrenta o rival pela primeira vez.
Tanto que se fala até em Edenilson, um nome muito menor na rivalidade. A repercussão é pequena porque Roger está na história do Grêmio, enquanto o mais perto que Edenilson conseguiu em muitos anos de Inter é um gol anulado, o que garantiria o Brasileirão de 2019. A história registrará o Gre-Nal 443 como o do Roger, seja qual for o resultado. A primeira vez a gente nunca esquece.