Me caíram os butiás dos bolsos. Nunca vi nada parecido ao episódio Pedro, que levou soco na cara do preparador físico Pablo Fernandez, cujo pedido de desculpas não foi suficiente para impedir sua correta demissão.
Pedro merecia punição por se recusar a aquecer, mas não com violência física. Após prestar queixa na delegacia, ele não apareceu para treinar. É óbvio que a bronca dele é com Sampaoli. Ele fala em “covardia psicólogica”.
Cenas de pugilato não são incomuns nos vestiários. Só que ficavam entre quatro paredes. Se vazasse, todos negavam e vencia o dito pelo não dito. Culpa da imprensa, que tem costas largas e absorve tudo, claro.
Na bola, é minúscula a chance de o Grêmio virar o 2 a 0 da Arena e ir à final da Copa do Brasil. Teria de acontecer algo que fizesse o Flamengo jogar muito menos, para começar. Foi um passeio rubro-negro. A volta é só no dia em 16 de agosto. Tem tempo até lá. Só que esse rolo com Pedro é bomba atômica de efeitos imprevisíveis.
Os jogadores ficaram ao seu lado. Foram depor contra o preparador, que é amigo de Sampaoli. Eles são profissionais e podem conseguir separar as coisas. Mas e se não? Haverá sequelas. Como elas serão administradas? E se Sampaoli cair? Abre-se a chance de o Flamengo se desunir internamente, interferindo no rendimento do time.
O que era de economia interna virou Big Brother. Qual será o próximo eliminado no Flamengo?