
Foi um Grêmio diferente, já com algumas digitais do novo técnico, este que trouxe uma ótima vitória da Argentina por 2 a 1 diante do Lanús. Buscando uma analogia de imediata compreensão, eu diria que o time de Tiago Nunes está mais para Felipão do que Renato, inclusive na arma do contra-ataque. Duas finalizações no alvo, dois gols.
Thiago Santos é mesmo um pitbull, liberando Jean Pyerre, especialmente, mas também Matheus Henrique. Um Grêmio com uma cara anos 1990, sem vergonha de dar balão e menos radical na troca de passes, o que se explica por uma mudança emblemática: sai Maicon, que joga de fraque, entra Thiago Santos, que calça coturno e sai no encalço de quem olhar de revesgueio.
O camisa 5 fez ótima partida, ao seu modo, protegendo os zagueiros, dividindo de forma incansável e interceptando ataques do Lanús. O melhor em campo. Até aparecendo na área, algo raro, dando passe no gol de Ferreira.
Léo Pereira provou que, sim, é possível ajudar a defender como Alisson sem abrir mão do que se exige do atacante de lado: jogada pessoal, velocidade, gol. Os laterais subiram pouco, Rafinha e Bruno Cortez. Foi um Grêmio mais compacto, porém sem abrir mais das estocadas dos extremas. Não por acaso os gols foram de Leo Pereira e Ferreira. Tiago Nunes mexeu bem, devolvendo fôlego ao time quando a parte física começava a pesar. A Era Thiago Santos começou bem.