Não demorou para o técnico Eduardo Coudet perceber que seus laterais são limitados. Moisés, na esquerda, ao menos preenche o setor com volúpia e coragem. Falta-lhe lucidez no ataque, mas, na defesa, é preciso reconhecer: sobram força e empenho. Só que as carências de Rodinei gritaram neste começo de temporada. Defendia pouco e acertava raros cruzamentos, sem engatar uma jogada de ataque por dentro sequer.
Quase comprometeu, entre erros de passe, contra o Tolima. Talvez ele melhore lá na frente, claro, mas Rodinei vinha mostrando ainda menos futebol do que fez o Flamengo desistir dele.
Mão na massa
A chegada de Saravia, 26 anos, titular da seleção argentina na Copa América, é a prova de que, aos poucos, o técnico colorado vai mexendo no time e reposicionando peças dentro do seu modelo de jogo. O Inter não traria um jogador da Europa, com esta grife, para ficar resignadamente no banco. Será titular imediatamente, é claro.
Primeiro, Coudet vai com os que a direção lhe forneceu. Se não der com eles, que venham outros jogadores. Bem possível que, logo ali, surja nova alternativa, de fora ou no próprio elenco — Patrick não seria tentativa válida? —, também para Moisés.