
O Inter, no Beira-Rio, exibiu o mesmo padrão tático do Alfredo Jaconi, com muitas roubadas de bola e alta intensidade. Contra o Juventude, o placar ficou em apenas 1 a 0. Os reservas têm menos qualidade, obviamente. Mas bastou os titulares vestirem o conceito de Eduardo Coudet para o 3 a 1 nascer com atuação convincente.
Rodrigo Moledo e Victor Cuesta, especialmente este, souberam sair jogando com Rodrgo Lindoso, uma exigência do técnico argentino. Os laterais estreantes Rodinei e Moisés se projetam no campo inimigo, nesse momento, assim como os reservas Heitor e Uendel, em Caxias do Sul.
D’Alessandro e Guerrero, como atacantes, ficaram perto da área, e ali foram decisivos com gols e assistências. O camisa 10, de 38 anos, exibiu atuação de luxo. Sem a bola, sua missão é pressionar a saída de bola adversária.
Encerrada esta parte, o ídolo da torcida está liberado. Com a bola, tem liberdade para se movimentar o mais perto da área possível. Participou dos três gols, com assistência (no escanteio cobrado para o cabeceio de Paolo Guerrero) e uma bucha em cobrança de falta.
Johnny revelou-se boa surpresa, trocando passes com elegância. Os laterais Rodinei e Moisés erraram muitos passes desde o flanco. Parece faltar-lhes acabamento. A surpresa? Patrick. Ele conduziu menos a bola, conforme pede o técnico, atual campeão argentino. Será que Eduardo Coudet irá consertá-lo, quem sabe transformando-o em outro jogador, mais útil para o time?
É aquela história. Começo de ano. Nada pode ser definitivo. No Brasileirão e Libertadores, a conversa é muito diferente. Exemplo: Cuesta e Moledo sairão jogando com a mesma facilidade? Se vier contra-ataque, haverá como pará-los imediatamente, como diante do Pelotas?
Se mal avaliado, o Gauchão engana. Mas é sempre melhor corrigir defeitos e fazer determinadas avaliações individuais ganhando do que perdendo, e a primeira vez dos titulares em 2020 foi promissora. Já são duas vitórias com Eduardo Coudet.