No empate sem gols entre Grêmio e CSA, o volante Darlan foi quem mais acertou passes. Das 73 vezes em que teve a bola nos pés, o destino foi algum companheiro em 65. Não fosse o time reserva e, portanto, desentrosado, é bem provável que o seu índice de acerto nesse fundamento fosse ainda mais expressivo.
Mas há um outro dado, que talvez tenha passado despercebido na comparação com os volantes de mesmo estilo formados recentemente na Arena, como Arthur e Matheus Henrique. Um dado que revela um aspecto diferente no jogador que foi o destaque da partida feita pelo Grêmio contra o CSA.
Na hora de resolver situações de aperto com posse de bola, Darlan parece ter facilidade acima da média para driblar, algo que não é tão comum assim na posição. Em Maceió, ele se deparou nessa situação de pressão em quatro oportunidades. Saiu-se bem em todas. E olha que o gramado estava ruim, duro e seco, em tese dificultando esse tipo de lance.
Para se ter ideia, mesmo entrando no segundo tempo, Everton Cebolinha foi o principal driblador no Estádio Rei Pelé: de oito tentativas, completou seis. Apenas duas a menos, portanto, do que o novato Darlan, que é volante e transita no meio-campo, uma região onde qualquer erro ao driblar e errar passe pode gerar um contra-ataque mais perigoso do que quando isso acontece lá na frente, no ataque.
Vale observar Darlan sob este ângulo quando receber outras chances, para ver se seu desempenho em Maceió foi episódico ou se realmente ele tem essa habilidade surpreendente na função.