
Nesta quarta-feira (22), D'Alessandro confirmou a informação que eu trouxe aqui, em GaúchaZH e também na minha coluna em Zero Hora.
Com a parte física muito firme, fruto de um trabalho extra de reforço, ministrado por profissionais contratados por ele para desenvolver trabalho individualizado ao extremo, o camisa 10 não pensa em se aposentar. Deseja ficar ainda mais um ano no Beira-Rio.
E o Inter? O que diz?
— O desejo é mútuo, pois queremos manter nossos melhores jogadores — revelou-me o vice-presidente de futebol colorado Roberto Melo, reconhecendo o esforço do capitão ao trabalhar em dobro, para compensar as naturais limitações de seus 38 anos e não perder o seu inegável talento técnico.
As conversas não serão abertas agora para não desviar o foco do bom momento do time. São sete meses até dezembro, quando termina o contrato. Muita coisa pode ocorrer em mais de um semestre. Trata-se de um caso absolutamente peculiar. Único no grupo, eu diria.
É bem diferente das renovações recentes dos "mortais", sem a relação de ídolo cultivada em uma década. Aqueles atendem a questões de legislação, pelo risco de perder ativos em futuras negociações, com a carreira longe do fim. São os casos dos "jovens" trintões Víctor Cuesta (30 anos) e Rodrigo Moledo (31).
As renovações de Nico López (até julho de 2021) e Iago (em andamento), por exemplo, eram urgentes. Selecionáveis, havia risco de perdê-los sem ressarcimento. A lei permite assinatura de pré-contrato quando faltam seis meses para o término do vínculo. Nesses casos, o clube tem de se adiantar. A prorrogação do vínculo é a garantia que se exige.
D'Alessandro topa conversar lá na frente. Brinca que, a cada renovação, o salário diminui – mas ele termina ficando. Há um fato que tranquiliza as partes nessa questão.
Os últimos cinco anos do camisa 10 no Inter se deram com renovações feitas pelos atuais dirigentes, desde os tempos de Giovanni Luigi. A relação de confiança é grande, o olho no olho, jogo aberto e franco.
Vai ficar tudo para o fim do ano, portanto.