
Mesmo que o Shakhtar Donestk de fato aumente para R$ 76 milhões a proposta por Tetê, 18 anos, ainda assim o Grêmio deve recusá-la. Se estivesse de pires na mão, mergulhado em dívidas e com a faca dos credores no pescoço, vá lá.
Aí ainda daria para entender, como foi feito com Douglas Costa, igualmente para os ucranianos, em 2010. De forma apressada, lá atrás, a avaliação sobre o potencial da então promessa restou contaminada pelas contas a pagar.
À época, havia quem disse que Douglas, aos 19 anos, não sabia marcar ou era pouco participativo. Foi vendido por infinitamente menos do que valia.
Se houver convicção interna acerca do talento diferenciado de Tetê, como me parece existir no Grêmio, basta esperar o jovem seguir o seu curso. Dará resultado técnico, em campo, e financeiro em um segundo momento, negociado pelo triplo.
Se o Shakhtar aceita pagar tanto assim por ele, está na cara que projeta ganhar dinheiro em cima na revenda, daqui a alguns anos. Espertinhos, esses ucranianos. Sempre há risco de uma promessa morrer na casca, mas na fase em que está o Grêmio, formando à mancheia, não pode haver sangria desatada para se desfazer de Tetê.