Campeão com sete na seleção do Campeonato Potiguar, o ABC do técnico Geninho prefere o contra-ataque, aposta forte no jogo pelo alto e comete faltas. Foi assim no empate sem gols diante do Paraná, na primeira rodada da Série B. Mesmo em casa, teve menos posse de bola: 46%.
O que explica, em parte, ter cometido tão mais faltas (20) em relação ao Paraná (9). A equipe de Geninho adora um chuveirinho. Ergueu 28 bolas para a área. Se já é assim no Estádio Frasqueirão, imagine neste sábado, no Beira-Rio, pela segunda rodada.
O ABC ficará entrincheirado, só especulando. Será o primeiro teste fura-retranca do Inter, a velha história do perigo no duelo entre o grande favorito e franco atirador. A goleada em Londrina só será bônus se a ela forem somados os pontos obrigatórios em casa. Prudência e caldo de galinha, ensina o ditado.
QUEM SAI 1 – Pottker terá de estrear. O Inter não contratou o goleador do Brasileirão e do Paulista para deixá-lo entre o médico Carlos Pois e o massagista Banha. A pergunta é: quem sai? Começo por quem não deve sair. Injusto sacar Nico López. Faz gols. Seu corte para dentro com chute seco, rasteiro e veloz, no canto do goleiro, de fora da área, quase sem tomar distância da bola, é ouro para vencer defesas fechadas como a do ABC.
QUEM SAI 2 – Para manter o trio de volantes, por questão estratégica, eu sacrificaria Marcelo Cirino, que é mais de velocidade e do mano a mano. Contra o ABC, no Beira-Rio, o cenário será de bola com o Inter. Nico López é rápido e tem o passe curto para a transição ofensiva. Outra opção é o 4-2-3-1, com D’Alessandro centralizado, Nico e Marcelo Cirino abertos e William Pottker na frente. Eu deixaria esse desenho de plano B. O Inter não pode se achar o Real Madrid após o 3 a 0 da estreia. Não tem o direito de cometer o mesmo pecado da soberba que o rebaixou.