
De novo, o capitão está fora. Não enfrenta o Botafogo na Arena, na primeira rodada da Série A, domingo. Algo não está bem com Maicon este ano. É um entra e sai que atrapalha muito, a ele e ao Grêmio. O fato é que se trata de um desfalque grave, por dois motivos. O primeiro, claro, é a saída de bola. Time que sai jogando sem naturalidade acaba travando na transição ao ataque.
Torna-se lento e previsível. O outro motivo é menos aparente, mas igualmente prejudicial. Sem Douglas, o armador, e também sem Bolaños, o meia-atacante que o substitui como meia central com outras características, sobram menos jogadores de criação. Luan é um deles, e não vive boa fase.
Leia mais:
Passados cinco meses, apenas dois reforços trazidos pelo Grêmio contam com aprovação da torcida
Maratona de seis jogos em 18 dias leva Grêmio a priorizar trabalhos físicos
O que só faz crescer a importância de ter volantes de qualidade, que troquem passes, quem sabe até para romper linhas de defesa com uma metida de bola. Maicon dá passe para gol. Michel, não. Nem Jailson. Ramiro e Arthur, sim.
Passe e gol
O Grêmio venceu o América-MG, na Primeira Liga, com passe de Arthur e golaço de Everton. Empatou em 1 a 1 com o Guaraní, no Paraguai, graça a uma assistência esplêndida por cima da zaga para Pedro Rocha encaixar um belo chute.
Renato deveria dar-lhe chance ao lado de Ramiro desde o início. Deveria, mas não acredito. Tem aquela história de ser maior, de ser grandão. Reconheço que altura é importante. Não é absurdo Renato se preocupar com ela. Jogo aéreo decide, eu sei. Mas altura antes da qualidade?
Se for Michel e Jailson estão à frente. Eu iria de Arthur.