
De longe, foi o melhor rendimento do Inter de Antônio Carlos Zago. Claro que o Oeste, da segundona paulista, não é adversário para teste definitivo algum. É fraco. Mas o que se espera de um grande contra um pequeno é vitória rápida, fácil, incontestável. Goleada de 4 a 1. Algo que o Inter não tinha feito nem contra o invisível Princesa dos Solimões.
Houve alguns erros perigosos de passe nas transições, inclusive perto de Danilo Fernandes. Mas o positivo foi a insistência em triangular, com aproximação. Em vez do balonismo futebol clube e do time estático, o Inter buscou movimentação. O terceiro gol, de Charles, teve bela execução. Bola no chão, de primeira, pé em pé, desde lá atrás, até o flanco esquerdo e a finalização de Charles, um volante acompanhando o lance e surgindo dentro da área.
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Brenner, descolado da depressão do ano passado, é uma afirmação de gol em gol. O Inter finalizou bastante. Uendel, na linha de meias, brilhou. Carlinhos é que foi lateral. Leo Ortiz estreou bem na zago. Deu até para preservar D'Alessandro na segunda etapa, pensando no Brasil-Pel, no sábado.
A pressão e o gol do Oeste na volta do intervalo servem de alerta, sobretudo pelo alto. Há muito o que avançar. O Oeste concluiu além da conta e equilibrou a posse de bola. Se - eu disse "se" - o Inter seguir evoluindo a partir do futebol mostrado nesta quarta-feira, sem regressões, abre-se uma luz no longo e pedregoso caminho. O tempo dirá.