A Copa do Brasil não pode anestesiar o Grêmio, caso o projeto seja subir outros degraus. Na década de 1990, o clube não se acomodou e correu atrás de mais.
Não deitou em berço esplêndido, como é o cenário de agora, taça no armário e o rival no fundo do poço.
A partir do título de 1994, o Grêmio agregou qualidade para a Libertadores. Não fossem os pênaltis em Tóquio, teria sido bi Mundial.
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São momentos distintos, lá e cá, mas é essencial o Grêmio se reforçar. Um 9 de ofício, um lateral-esquerdo, uma opção a Douglas, outro atacante.
Fala-se em dispensas no Inter, claro, por motivos óbvios. Mas e na Arena, noutro contexto, evidentemente?
Walace Oliveira e Henrique Almeida, por exemplo, contribuíram? E Negueba?
Em 2010, Renato renovou com o Grêmio e não ganhou reforços. Pior: perdeu Jonas às vésperas da estreia na Libertadores, diante dos uruguaios do Liverpool. Eu era repórter e estava cobrindo o jogo. Lembro bem.
Não pode ser assim agora. Romildo Bolzan tem consciência disso. Chegou a hora do salto para o Grêmio.
Sua posse para o segundo mandato é nesta quarta-feira. Vale lembrar que a duração, agora, é de três anos.
Em tempo: o Conselho Deliberativo acaba de aprovar por unanimidade o orçamento para o exercício de 2017, de RS 267 milhões.
O CEO, Gustavo Zanchi, apresentou as contas com total tranquilidade, tipo palestra. O céu é de brigadeiro, internamente, para Bolzan, graças aos seus méritos como articulador. E pelo título da Copa do Brasil.