Quando estava em tratamento, nos Estados Unidos, tinha de ir de 15 em 15 dias ao grande hospital Dana-Farber para receber uma infusão. Eles botavam o remédio na minha veia, uma espécie de quimioterapia. Um dia, lá estava eu, sentado na poltrona, com a agulha enfiada no braço, quando uma menina chegou à porta do quarto e pediu para entrar. Era uma jovem de, sei lá, é difícil mensurar a idade das mulheres, mas parecia ter uns 19 ou 20 anos. Era negra, magra, tinha cabelos encaracolados e um olhar simpático.
Cotidiano
Opinião
Massagem nas mãos
Aquelas pessoas queriam me dar coisas boas. Eram voluntárias anônimas, não ganhavam nada com seu gesto, a não ser o prazer de ter feito o bem a outro ser humano
David Coimbra
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