O Bem venceu o Mal. O mocinho prendeu o bandido. Zorro empinou seu cavalo Silver no horizonte, Batman contemplou orgulhoso o batsinal do alto do mais alto prédio de Gothan, Churchill rosnou mais uma vez que “nós nunca nos renderemos”, a aldeia gaulesa de Asterix e Obelix festejou num banquete com javalis e cerveja, tudo isso ao som do Hino da Vitória, de Ayrton Senna do Brasil.
Porque o Fluminense ganhou a taça do Flamengo.
Talvez tenha sido uma taça pequena, de somenos importância, talvez, mas, ainda assim, uma taça. Que o sórdido vilão queria muito levar para seu esconderijo.
Foi lindo, porque o Fluminense, na noite dessa quarta-feira (8), não foi só a zebra humilde contra o favorito presunçoso, foi também o representante daquelas duas formosas irmãs, a Moral e a Ética, contra aquelas duas harpias horrendas, a Ganância e a Arrogância.
Fluminense! Sempre gostei do Fluminense. Já estive algumas vezes em sua belíssima sede, as Laranjeiras, e respirei aquele ar perfumado pensando que ali se deu a primeira partida da Seleção Brasileira, contra o Exeter, da Inglaterra, e que, no gol do Brasil jogava o grande Marcos Carneiro de Mendonça, o “Fitinha Roxa”, o goleiro galã do Fluminense, um jogador tão elegante que não sujava o uniforme branco nem durante a partida mais renhida.
Fluminense! Meu principal time de botão era o Fluminense, e o número 10, o craque, o goleador era um puxador de duas camadas chamado, evidentemente, Rivellino, o Patada Atômica, o melhor de todos. Depois de Pelé.
Fluminense!
Vence o fluminense
Com o verde da esperança
Pois quem espera sempre alcança
Clube que orgulha o Brasil
Retumbante de glórias e vitórias mil!
Fluminense!