Pilchado e com a gratidão estampada no sorriso: foi assim que o Matteus Amaral, vice-campeão do BBB 24, desembarcou no Aeroporto Salgado Filho — ao lado da mãe, Luciane Amaral — na manhã deste sábado (20).
Antes de mais um voo, agora rumo ao Alegrete, onde deve chegar no início desta tarde, o gaúcho conversou com fãs, fez fotos e vídeos com eles e bateu um papo exclusivo com a coluna. Além disso, a partir das 14h40min, ao vivo na RBS TV, Matteus vai participar do programa Baita Sábado, com Cris Silva e Giulia Perachi, que está no Alegrete.
O que acha te levou ao vice-campeonato do BBB 24?
Olha, eu confesso que foi a minha forma simples de ser. Eu tentei, ao máximo, representar o lugar que eu amo, as pessoas que sempre estiveram comigo durante a minha trajetória de vida. E eu tentei levar, ao máximo, o nosso Rio Grande do Sul, da forma mais simples, mas sendo eu. Acredito que tenha sido isso. Eu confesso que não foi nada fácil, uma pressão psicológica, o que vocês veem lá acontece mesmo. Só estando lá dentro para saber. Mas eu tô muito feliz de estar representando o meu povo, isso acho que foi o diferencial.
Quando entrou no BBB, imaginava que iria tão longe?
Não. Não imaginava, porque tinha muita gente forte lá. Pessoas com muita qualidade, pessoas diferenciadas mesmo. E aí, cada fase que eu ia passando, 10, 15 dias, eu ficava. Pensei: "Tô chegando". E estava indo, ia indo. Só que, lá dentro, a gente não tem acesso à informação alguma. A gente não tem termômetro. No último paredão, pensei que fosse sair. Na hora em que o Tadeu Schmidt (apresentador) começou a falar o meu nome, eu já estava pegando minha mala, ia "deitar o cabelo". Mas fiquei. Eu tô apavorado. Não tô acreditando em tudo que está acontecendo na minha vida. Sou muito grato a Deus pela oportunidade de estar vivo e de estar vivendo tudo isso. De estar vivendo essa oportunidade, de ver vocês lá (cobertura integrada de GZH e RBS TV na final do BBB 24). Naquele dia, eu estava chorando, mas eu acompanhei tudo. Estava cheia aquela praça. Coisa linda. Eu não sei nem como...
Qual foi o momento mais difícil e o mais feliz dentro do jogo?
Um momento muito difícil foi o dia da briga com o Bin, porque eu não, como vocês devem ter visto, não sou muito fã de briga, acho que ninguém gosta, né? Mas ali, ele me colocou à prova, duvidando do que eu era e tal, foi um momento meio complicado. Já até resolvi com ele, me pediu desculpa, não tem problema. E o momento mais emocionante foi o dia em que eu ganhei o carro para a minha mãe (Luciane), porque era um sonho. E aquela prova do anjo (na qual ganhou o carro como prêmio) foi muito especial.
Aqui fora, o que chamava muito a atenção era a sua emoção ao ver a família em vídeos e fotos. Esses momentos, no confinamento, ajudaram ou atrapalharam?
Sou como a minha avó, chorão (risos). A família me dava muita força. Mas confesso que, ao mesmo tempo, me dava um pouquinho de preocupação, porque, lá, tu cria muita coisa na tua cabeça. Não sabe de nada. A minha avó nunca falou que estava bem. Nunca. Eu a via lá, mas nunca falou que estava bem. E eu sei que ela é muito nervosa. Ficava angustiado. Pensava: "Será que a minha avó está bem?". Mas era muito gratificante ver tudo, principalmente naquela finaleira, quando teve aquele modo turbo. Aquilo ali foi uma lavagem cerebral.
Outra marca da sua participação foi o orgulho pelo Alegrete. Entrou focado em mostrar o bairrismo do povo gaúcho?
O meu objetivo era representar o que eu sou. Sou um cara do campo, respeitador, assim como vocês viram. E eu tinha muito receio de não saber, de não conseguir representar bem o nosso Estado. Eu sou muito apaixonado pela nossa tradição, por tudo o que eu já vivi na vida e pelo que nós representamos. Não sabia se era bom o suficiente para representar o nosso Estado de uma maneira certa. E aí, foi. Fiquei triste de não ter levado a minha bombacha, a minha bota. Mas a boina foi muito importante ter levado. E agora, tem até música comigo (risos).
Quem foi seu maior adversário no jogo?
Eu mesmo. Lidar com as emoções, lá dentro, não foi nada fácil. É, tinha lá as gurias, a Pitel, que a gente tinha trocado bastante voto. Tinha o Bin, que teve aquela briga, aquela discussão meio que foi bem forte (na dinâmica do Sincerão). São cem dias de muita pressão. E aí, aguentar ver as pessoas julgando o que tu não é, dormir e acordar com isso, com a pessoa te olhando dos pés à cabeça, é uma pressão complicada.
E a Isabelle (com quem viveu um romance nos últimos dias na casa)? Como vocês estão agora?
Ontem, a gente teve uma conversa um pouquinho mais séria. A gente vai ver. Ela foi para o Amazonas. Aí, agora, na semana que vem, a gente tem mais alguns eventos juntos. Mas o futuro a Deus pertence. A gente vai colocar a cabeça no lugar e ver o que vai acontecer.
Quais são os planos para essa nova fase?
Olha, eu quero ser feliz. Quero aproveitar muito esse momento. Não quero dar o passo maior do que a perna. Quero fazer as coisas com os pés no chão, assim como fiz durante toda a minha vida. Não é um momento fácil, estou vivendo coisas incríveis, maravilhosas, mas, ao mesmo tempo, tem muita pressão. Tem assessoria e coisas que eu nunca imaginei de que precisaria. Agora, estão surgindo muitas oportunidades, vamos aproveitar. Bora!