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Após cerca de 10 dias com temperatura escaldante, o Rio Grande do Sul irá observar uma trégua no calorão. Com a passagem de uma frente fria próximo ao território gaúcho, a segunda onda de calor do ano no Estado chegou ao fim.
A formação de chuva, associada ao afastamento da massa de ar quente que estava concentrada sobre o Rio Grande do Sul, favoreceu essa "quebra" do fenômeno meteorológico. No entanto, isso não significa que irá deixar de ficar quente nos próximos dias.
— O Rio Grande do Sul deve seguir com temperatura elevada, mas dentro da normalidade esperada para essa época do ano. O verão é naturalmente mais quente, porque temos mais incidência de radiação solar e os dias são maiores. Então, as temperaturas se elevam com facilidade. Irá continuar quente, mas terá uma chuva mais presente, que irá amenizar essa subida tão potencializada como foi visto nas últimas semanas — pontua Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.
Previsão para os próximos dias
De acordo com Gustavo Rasera, meteorologista do Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), durante a onda de calor, o Estado estava sendo influenciado por um bloqueio atmosférico, que inibia a formação de chuva. Agora, a previsão indica que haverá mais precipitações, com comportamento de pancadas.
— Na quinta-feira (13) à noite, o tempo começa a ficar mais aberto. Até lá devemos ter, na metade sul, muita nebulosidade, com períodos de chuva.
Com relação à temperatura, as regiões mais ao sul e a Campanha devem observar um alívio um pouco maior no calor em comparação às demais.
— Devemos ter o retrocesso de uma massa de ar mais quente continental, com pico no domingo (16), quando deve ser registrado uma temperatura mais elevada, mas que não chega ao nível do que ocorreu nos últimos dias. Na segunda (17) para terça (18) tem a entrada de uma nova frente fria — adianta o meteorologista.
Nova onda de calor atuando no Brasil
Apesar das condições no Estado deixarem de atender aos critérios para definição de onda de calor, outras regiões do Brasil começaram a registrar o fenômeno climático. É o caso de parte do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, que devem observar temperatura entre 5ºC e 7ºC acima da média, pelo menos até o próximo dia 21 de fevereiro.
Guilherme Borges explica que o que está motivando esse cenário nessas localidades é diferente do que ocorreu no Rio Grande do Sul. Em solo gaúcho, a onda de calor foi impulsionada por uma massa de ar quente vinda do norte da Argentina.
— Há uma nova massa de ar quente se deslocando para a região leste brasileira, onde irá ficar concentrada. Ela se difere da que estava atuando sobre o Rio Grande do Sul, porque é provocada por outros sistemas meteorológicos, relacionados a um sistema de alta pressão que se estabeleceu em níveis médios no sudeste brasileiro — diz o especialista.
Essa condição também irá influenciar no território gaúcho. Essa nova massa de ar quente irá estimular que os termômetros fiquem entre 3ºC a 5ºC acima da média no norte gaúcho, especialmente em parte do Noroeste, nos municípios das Missões e do Planalto, mas não será o suficiente para ser caracterizado como onda de calor.
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*Produção: Carolina Dill
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