Há algumas semanas, moradores de Palmares do Sul, no Litoral Norte, têm ouvido carros de som com mensagens sobre o estado de alerta em relação à gripe aviária no município. Os veículos circulam principalmente pela Praia do Quintão.
A mensagem pede que os moradores mantenham distância de animais marinhos vivos ou mortos. Também orienta as pessoas a evitarem a circulação de animais domésticos na orla e a ficarem atentas a sintomas respiratórios.
A ideia da ação partiu da prefeitura de Palmares do Sul, a partir de orientações repassadas pelo governo do Rio Grande do Sul. Conforme a vigilância em saúde ambiental do município, quatro leões marinhos e mais de setenta pinguins foram encontrados mortos na orla.
A 18ª Coordenadoria Regional de Saúde de Osório repassou materiais, como macacões, máscaras e sacos de lixo especiais para infectantes, para que servidores façam o manejo dos animais encontrados. Carcaças que são localizadas pelas equipes são enterradas em locais seguros a fim de evitar contágios. Segundo o executivo municipal, até o momento, nenhum caso foi confirmado em Palmares do Sul.
Influenza aviária no RS
O Rio Grande do Sul tem hoje quatro focos de influenza em aberto, registrados nos municípios de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Torres e São José do Norte.
Outro foco em aves silvestres foi detectado, em maio, na Reserva do Taim — porém, foi encerrado após evidências epidemiológicas e amostras negativas.
A influenza aviária afeta principalmente aves, mas, além dos mamíferos aquáticos, pode ocasionalmente atingir cães, gatos e seres humanos que tenham contato direto com animais infectados.
As secretarias do Meio Ambiente e da Agricultura destacam que não há risco no consumo de alimentos cozidos ou industrializados, como ovos e aves, e que não há registro de influenza aviária em granjas avícolas nem em criações de aves de subsistência no Rio Grande do Sul.