Um projeto de gestão portuária elaborado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foi destaque do prêmio Antaq 2022, promovido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários. O projeto, elaborado para o porto de Porto Alegre, nas águas do Guaíba, conquistou o terceiro lugar na categoria de maior evolução anual do índice de desempenho ambiental (IDA).
O troféu foi recebido pelo diretor de meio ambiente da Portos RS, Henrique Ilha:
— Estamos gerando uma operação cada vez mais segura e sustentável, com respeito ao meio ambiente. Tivemos um conjunto de atividades, monitoramentos e melhorias que, em Porto Alegre, foi realmente impressionante. Ainda temos muito a crescer e, mantendo essa pegada, melhorar ao longo do próximo ano — afirma o diretor. O prêmio foi concedido no último dia 10 de novembro no Clube Naval, em Brasília.
A ideia do projeto era de melhorar a gestão ambiental e a produtividade do espaço. Foram elaborados 12 subprogramas ativos divididos entre monitoramento, gestão e integração. Neles, estão incluídos a supervisão ambiental, resíduos sólidos, biota aquática (composta por pequenos seres vivos aquáticos, como plâncton, macroinvertebrados e macrófitas aquáticas), educação ambiental, modelagem meteorológica e hidrodinâmica, entre outros.
As tratativas para a parceria entre a Portos RS e a UFRGS iniciaram em 2018. Depois, em agosto de 2020, o contrato foi assinado e o programa foi iniciado sob a coordenação da oceanóloga e professora Tatiana Silva, do Instituto de Geociências.
— O troféu não existiria se não fosse pelo desenvolvimento do programa. Isso é um reconhecimento de um trabalho de qualidade feito pela UFRGS e uma aplicação direta dos nossos trabalhadores colocados em prática no porto de Porto Alegre — exalta a professora.
Apesar de ter características de rio, o espaço naval de Porto Alegre é considerado marítimo e tem quatro quilômetros de cais acostável, com capacidade de receber três navios aportados ao mesmo tempo.
Ainda que o volume de operações do porto de Porto Alegre seja menor em coparação com outros portos do país, como o de Rio Grande, a movimentação média na Capital é de 1 milhão de toneladas por ano. Atualmente, cargas de grãos, cevada, sal e fertilizantes passam diariamente pela unidade portuária.