
Na última terça-feira (13), um bezerro nasceu com duas cabeças em uma fazenda de Ametista do Sul, na região norte do Estado. Os donos do animal informaram ao G1 RS que ele ficou vivo por cerca de seis horas, mas não resistiu e morreu.
O proprietário da fazenda, Valmir Lopes, cria um touro e sete vacas, apenas para o consumo da família. Segundo Adilson Lopes, filho do fazendeiro, a gestação da mãe foi tranquila e não apresentou nenhum problema.
De acordo com o veterinário João Júnior, diretor do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet-RS), casos como este são extremamente raros. Ele acredita que o caso tenha ocorrido devido a uma mutação genética ou até mesmo uma cruza entre animais da mesma família. Mas, conforme os donos do animal, essa hipótese não confere, pois a novilha foi adquirida em outra fazenda, de uma cidade vizinha.

Nestes casos, João sugere a eutanásia, já que as chances de sobrevivência são poucas. As possibilidades de cirurgia são raras, devido às dificuldade e ao custo elevado.
— Como o bovino não é considerado pet, ou seja, tem como fim a produção, não é uma prática comum, pois não se sabe se não vai carregar essa mutação genética. Mas teria que fazer uma ressonância magnética para ver. É (uma cirurgia) rara em humanos e muito dificultosa. Na veterinária, somente por experimento, caso alguma universidade quisesse tentar — explica o veterinário.
Este não é o primeiro caso ocorrido no Rio Grande do Sul. Em 2017 um bezerro com duas cabeças foi encontrado morto um dia depois do nascimento em São Borja. Antes, em 2014, um caso foi registrado na mesma cidade, e o animal também não resistiu.